DiVersos nº21

Na aldeia-globo, com fios e sem fios, sabemos hoje por vezes mais sobre os antípodas que sobre a terra ao pé de porta – e o mesmo se pode passar com a poesia e com as línguas de que a traduzimos. Desta reflexão à vontade de seguir mais de perto a poesia escrita em galego vai um pequeno passo, que adiante tentaremos explicar. E começando (recomeçando) por algum nome, que outro mais indicado que o de Rosalía de Castro?

Páginas: variável (120 no nº21)
Preço: 10€
ISSN: 1645-474X

De ao pé da porta, já o foram menos do que hoje nos soam, línguas como o alemão, da qual trazemos a este número alguns poemas de Georg Heym, poeta de algum modo precursor do expressionismo tão caraterístico da cultura germânica no início do século XX. Do inglês, hoje língua franca global, lembramos o centésimo aniversário do nascimento de Dylan Thomas, poeta algo atípico na poesia de língua inglesa do seu tempo. Mas cujo nome, adotado por Robert Zimmerman quando decidiu fazer-se conhecer no mundo artístico por Bob Dylan, indicia já algo de intrigante nas complexas relações entre o recato e elitismo literário do século XX e a omnipresente cultura mediática «pop» contemporânea.

Da poesia de língua italiana, francesa e castelhana, que de mais perto partilham a comum raiz latina, Sergio Corazzini, fugaz meteoro e ele também algo expressionista na poesia de seu país; Andrée Chedid, ponte entre Egito, Líbano, França, Europa; Ramón Peralta, que nos leva a um maior despaisamento ao transportar-nos de algum modo ao «fantástico» da literatura moderna sul-americana e em particular do México, completam os poetas traduzidos neste número.

Dos autores de língua portuguesa, Amadeu Baptista, já várias vezes presente na DiVersos como poeta e como tradutor de poesia; António José Queiroz, poeta e editor de poesia (revistas Saudade, Pena Ventosa, entre outras) e homem universal do Norte e da pequena pátria das Terras do Tâmega; Francisco Cardo (pela primeira vez na DiVersos), Luísa Palma e Nicolau Saião (já mais do que uma vez incluídos nesta série), presenças elas também do universal Alentejo; e três nomes do Brasil, Carina Carvalho, jovem paulista atraída «pela luz das cozinhas pela manhã»; Iacyr Anderson Freitas, da rara ou não tão rara espécie do poeta engenheiro (é formado em engenharia civil), oriundo de Minas Gerais e com vasta bibliografia em poesia e outros domínios; e Renato Suttana, já antes presente na DiVersos (n.º 14), hoje aqui com poemas inéditos de um livro em preparação, professor universitário, tradutor, poeta, crítico e ensaísta, oriundo de Minas Gerais e radicado em Dourados no profundo Mato Grosso do Sul, completam este número.

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